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Mensagem por A Sala de Veludo Dom Dez 02, 2012 11:42 am

Era noite. Muito, muito tarde da noite.
Era óbvio pela luz da lua cheia acima, visível pelo teto de vidro.

A estação central de metrô, sempre fervilhante independentemente do horário, se encontrava vazia. Tão vazia, de fato, que era possível claramente ouvir a própria respiração saindo pelo nariz...Formando pequenas nuvens por causa do ar gélido. As colunas brancas, ainda repletas de propagandas descascadas, eram as únicas coisas coloridas em meio ao saguão de embarque. O café local e a lancheria aonde as pessoas seguidamente iam estavam não apenas vazios: estavam fechados, lacrados, e a luz interna desligada. Até mesmo as placas coloridas com nomes de lojas mais adiantes estavam desligados. Aliás... Olhando bem, com exceção à duas luzes brancas muito perto do trilho do trem, todas as demais luzes estavam vazias. O local se tornava assustadoramente mais escuro à medida em que se aproximava da escadaria que levava à superfície.

De alguma forma... Você estava dentro da plataforma de embarque à noite. E ela estava fantasmagoricamente silenciosa por algum motivo.

O barulho dos passos ecoavam contra o piso de cerâmica alto pelo longo e largo corredor, era possível até mesmo ouvir o creck creck do atrito entre o solado dos calçados e o chão antiderrapante. Os assentos ao redor faziam um barulho de plástico alto caso alguém quisesse sentar. Talvez eles estivessem estragados... Ou talvez estivesse simplesmente quieto por ali. Quieto demais... Até que... Um som familiar começa a invadir o local, saindo da boca do túnel...

No início, era apenas uma luz saindo do túnel e um clang metálico e repetitivo...
...Então par de faróis azuis iluminaram bruscamente o local vazio e um trem, seguido por diversos vagões metálicos cortou a plataforma. O som da sua chegada parecendo ainda mais amplificado no estranho silêncio do local. Era um trem azul marinho, polido até a exaustão. Era até possível ver o próprio reflexo em sua lataria. Parecia novo em folha. Toda a extensão externa dele era cortada por uma série de luzes, também azuis. Elas subitamente deixaram uma pequena área próxima ao vagão mais clara ao se acenderem quando ele começou a desacelerar. Por um segundo, parecia que a fraca iluminação interna estava piscando... Era possível ver vultos dentro do trem.

RRRRRRRRRRRRrrrrrrr..rriiiiiiiiiiiinch...

Com o barulho de atrito de metal contra metal, ele lentamente parou.
Uma frase passou a ser visível quando um vagão deslizou lentamente à frente:

"THE VELVET TRAIN", estava escrito em grandes, floreadas letras douradas.

A porta logo ao lado da frase deslizou para o lado, como se convidando-o à entrar.

Restava saber se ele teria a coragem de fazê-lo ou não...
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Mensagem por Ryou Misaki Dom Dez 02, 2012 4:38 pm

Noite. Tarde da Noite. Meia-noite? Talvez. Era o que dava para ver com a Lua cheia, sua luz filtrada pelo teto de vidro. Aliás, a única fonte de iluminação ali, salvo as duas fortes luzes perto dos trilhos.

Mas... a estação estava com um silêncio fúnebre. Um silêncio tão grande que dava para ouvir o som da respiração, que formava míseras nuvens à sua frente. Misaki, por sorte, estava com seu casaco.

As colunas, cheias de propagandas descoloridas, estavam mergulhadas na mias pura escuridão. Os acentos pareciam abandonados, como todo o resto ali. Até a loja de lanches e o café estavam fechados, lacrados, selados. Parecia uma estação fantasma.

Até aquele som chegar.

Riiiii... Riiiiinnch. Era o som de um trem parando na frente de Ryou. Era azul, polido até a exaustão... e talvez até mais. Possuía uma superfície simplesmente perfeita. Dava até para Ryou ver seu reflexo nele. As janelas pareciam brilhar com uma luz azul, que também brilhava na sua extensão.

"The Velvet Train", era o que dizia na lataria. A porta então deslizou sozinha para o lado, como se convidasse Misaki para entrar.

Ele talvez não entrasse. Não entraria, mas algo o atraiu. Será que ali haveriam respostas para perguntas que ele nem sabia que possuía?

Uma força maior que a sua vontade o atraiu à porta do trem fantasmagórico. Agora não havia mais jeito.

Não havia mais volta...

...Mas...

Ryou Misaki não pretendia olhar para trás.

E resoluto, acompanhando a força que o atraíra ao trem, ele entrou, sem olhar para trás uma vez sequer.
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Mensagem por A Sala de Veludo Dom Dez 02, 2012 4:46 pm

O trem aguardou pacientemente que ele entrasse, como se tivesse vontade própria, e então a porta deslizou quase que completamente silenciosa de volta ao seu lugar original. O interior era bastante moderno, meticulosamente limpo, e exalava a mesma aura de novo que o exterior. Um breve tranco inicial e então o trem começou a voltar a acelerar normalmente para entrar outra vez no túnel subterrâneo.

As luzes piscaram violentamente na boca de entrada e silenciaram por completo... Mas então, uma nova e fraca iluminação começa a surgir... Surpreendentemente, não no interior do trem, mas do lado de fora. Aparentemente, o túnel aonde vocês entraram possui algum tipo de iluminação interna. Uma série de luzes nas paredes ilumina o interior do trem em intervalos. Cada vez que uma delas que cruzava pelas janelas, um breve clarão iluminava dentro do vagão. Pela velocidade com o qual elas passam era possível ter a impressão que o trem estava indo muito rápido... Para alguém lá dentro, era quase como se o mundo estivesse piscando. Escuro. Claro. Escuro de novo. Ninguém naquele vagão.

...Ou não.
Dois pares de olhos, imóveis, amarelos e brilhantes se tornaram visíveis.

Num piscar de luz era possível ver à quem pertenciam os olhos no escuro. Haviam duas silhuetas humanas, com roupas normais, dentro do trem, sentadas, imóveis... Mas nem de perto elas pareciam seres humanos de verdade. Elas eram... Negras. Como se alguém tivesse meticulosamente pintado-as com tinta preta... Nenhuma surpresa que não fosse possível percebê-las na iluminação fraca. Elas pareciam feitas de alguma substância lustrosa. Seus olhos eram de um amarelo brilhante, quase predatório... Elas viravam maquinalmente os pescoços para observar o mais novo passageiro do trem, no mais absoluto silêncio.

---

Depois de diversos minutos sem dar nenhum sinal de parar em qualquer estação alguma coisa começou a estalar. Literalmente. Havia uma porta. Provavelmente a porta que permitia o trânsito entre um vagão e outro. Alguém parecia estar mexendo na maçaneta dela, produzindo estalidos metálicos. Após alguma insistência, como se alguém la dentro estivesse ocupado destravando um cadeado atrás do outro, ela cedeu. Uma lufada de ar frio saiu da pequena abertura, como se alguém lá dentro tivesse decidido ligar o ar condicionado há um bom tempo e uma fraca melodia pode ser ouvida, saindo de algum lugar lá dentro...



Um crescente de uma luz forte e fracamente azulada invadiu o local à medida que a porta se abria, ofuscando a visão de qualquer um que estivesse presente. Uma leve, fraca névoa invadiu o local. As criaturas negras pareciam não perceberem, e permaneceram com seus olhos colados no passageiro novo, indiferentes à quem estava atrás delas.

Uma figura surgiu no arco da porta... Uma jovem mulher.
Os olhos dela eram de um amarelo ainda mais brilhante do que o das criaturas negras parecendo, literalmente, brilharem na escuridão... O cabelo, meticulosamente penteado em um corte bastante curto, era de um loiro quase branco que parecia formar quase um halo por causa da iluminação atrás dela. Ela usava um vestido azul marinho e negro, com abotoaduras douradas, que parecia ter sido feito sob medida. Também ostentava um pequeno quepe na cabeça nas mesmas cores das vestes, um par de botas de cano longo e meia-calças negras.
Spoiler:

Ela permaneceu em silêncio um par de segundos, como se avaliando com curiosidade a pessoa à frente dela, antes de falar em um tom de voz formal, porém jovial:
"...Ryou Misaki." a voz soava mais como uma afirmação do que uma pergunta. Ela continuou quase imediatamente como se não estivesse, de fato, esperando uma resposta. "Seja bem-vindo ao Velvet Train...! Meu nome é Elizabeth, e sou apenas mais uma entre os funcionários à bordo deste veículo." ele faz uma breve reverência. Apesar de seus trejeitos bastante formais, sua voz soava um tanto infantil "Meu mestre espera ansiosamente no lounge para cumprimentá-lo apropriadamente. Por favor, siga-me."

Ela piscou um par de vezes em um meio sorriso e girou para entrar novamente no vagão enevoado. Lá dentro era... Surpreendentemente claro. Ou talvez fosse apenas porque todo o restante do trem estava escuro. Apesar da sensação de limpeza ainda estar presente havia uma pichação em negro na parede do vagão, provavelmente feita por um vândalo... As luzes pareciam estar funcionando direito ali, pelo menos.

Ela seguiu andando, os salto curto das botas surpreendentemente mal fazendo barulho contra o piso, e então bateu com os nós dos dedos numa segunda porta ao final do vagão. Esta fora completamente pintada de um tom de azul marinho, como seu uniforme, e possuía um grande 'V' dourado em alto relevo. Ela se afastou meio passo para trás e cruzou as mãos atrás das costas, enquanto esperava alguém lá dentro atendê-la.
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Mensagem por Ryou Misaki Dom Dez 02, 2012 5:44 pm

O trem esperou Ryou entrar, como se tivesse uma espécie de "vontade própria"... esse pensamento pareceu a Ryou tão absurdo que ele logo o afastou da mente. Era um trem. Não um ser vivo.

O interior era moderno e, se algum dia Ryou encontrasse quem fez aquele trem, daria parabéns. Era bastante limpo e polido de modo que o chão refletia o teto e vice-versa. Sem que Ryou notasse, o trem começou a acelerar lentamente. E ele pensa estar sozinho... até ver olhos amarelos e brilhantes o encarando.

Vinham de dois vulto em forma de pessoas. Eram de um amarelo predatório e feroz. Os "seres" (pois Ryou não pensou em um termo melhor para denominá-los) o encaram no mais absoluto silêncio. Reparando melhor, Misaki viu que seus corpos eram negros, como se fossem feitos de óleo que destacava ainda mais os olhos amarelos e brilhantes.

Quando o trem passou a ter uma espécie de iluminação externa (provavelmente um túnel com iluminação), Misaki começou a ouvir uma série de traques e cliques metálicos, vindos da porta que dava acesso ao próximo vagão. Parecia que alguém estava abrindo a porta para ganhar acesso a esse vagão.

Assim que a porta se abriu, uma fraca melodia que Ryou não conhecia começou a tocar, acompanhada de uma luz azul que vinha da porta. E,de lá, veio a garota mais bonita que Ryou já se lembrava de ter visto.

Ela usava um quepe azul-marinho na cabeça, com um vestido azul-marinho sem mangas e com abotoaduras douradas, seguidos de uma meia-calça preta e botas (também azul-marinho) de cano longo. Os olhos dela (se é que isso é possível), eram ainda mais amarelos e predatórios que os dos seres no vagão. Era como encarar uma águia.

Dois segundos se passaram, que foi o tempo que ela levou para estudar Ryou, curiosa, antes de falar, formal, porém jovialmente:

- ...Ryou Misaki. - Não parecia uma pergunta. - Seja bem-vindo ao Velvet Train...! Meu nome é Elizabeth, e sou apenas mais uma entre os funcionários à bordo deste veículo. - Ela parecia muito formal,embora a voz soasse infantil, como a de uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo. - Meu mestre espera ansiosamente no lounge para cumprimentá-lo apropriadamente. Por favor, siga-me.

Ryou seguiu a garota, Elizabeth, que piscou duas vezes e deu um meio sorriso antes de prosseguirem. Ryou esperava mais escuridão, mas... a surpreendente clareza do vagão o cegou por um segundo. Havia a mesma sensação de limpeza que no vagão anterior, apesar da pichação na parede.

- "And, no matter who you are, Death awaits you..." - leu Misaki. Seu cérebro, acostumado ao inglês graças às muitas horas que passava ouvindo Heavy Metal, traduziu imediatamente para o japonês a frase. Era como: "E, não importa quem tu és, a Morte o aguarda...". O que significava aquilo?

- Hey! Elizabeth! O que é aquela pichação ali? Por que foi feita? - perguntou, já sem esperar uma resposta.

Ela abriu uma porta azul-marinho ("Ok, esse pessoal gosta mesmo dessa cor...", pensou, ao ver a cor da porta) com um grande "V" dourado na frente, feito em alto relevo. Dando meio passo para trás, ela cruzou as mãos atrás das costas, como se esperasse por algo ou alguém chamá-la ou algo do tipo.
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Mensagem por A Sala de Veludo Seg Dez 03, 2012 1:00 pm

- Hey! Elizabeth! O que é aquela pichação ali? Por que foi feita? - perguntou o garoto. Elizabeth virou para ele e mirou o olhar na direção da parede um momento, antes de responder com um sorriso "Selvagem, certo...? Eu fui instruída à respeito dessas runas que embelezam as paredes das cidades... Tantos sentimentos, desejos, ideais postos à mostra na esperança de que as palavras despertem uma mudança, uma inspiração dentro de nós...!" ela deu um suspiro emocionado, como se comovida "Nós possuímos à bordo um especialista nesta magnífica forma expressionismo urbano que... ...Oh!" e então voltou sua atenção para a porta ao ouvir um estalar de sapatos.

Um homem alto, também de cabelos prateados e uniformizado, ostentando o mesmo par de olhos incomuns de Elizabeth surgiu por trás dela. Ele se curvou respeitosamente ao visitante. "Bem-Vindo, jovem senhor. Eu atendo por Theodore." ele curvou-se polidamente, a mão no peito e se afastou da porta "Por favor, não se acanhe. Entre." indicando o interior.

Spoiler:

A sala não era parecida com nada que você poderia ter imaginado.
Ou melhor dizendo, o vagão.
Ali, o chão e as paredes haviam sido revestidos completamente por uma camada de veludo azul escuro. Os bancos, arrumados ao longo das paredes, também. Os móveis, um bar, uma mesa e uma grande cadeira ao fundo pareciam quase que exageradamente confortáveis e luxuosos e eram feitos de madeira escura, algumas vezes enfeitadas por delicados ornamentos de metal e vidro. Tudo ali parecia custar pelo menos uma pequena fortuna... Mas isso não era a coisa mais chamativa na sala. Nem mesmo a terceira provável funcionária, uma mulher de cabelos ondulados e também quase brancos, que sorriu suavemente e fez um cumprimento elegante "Bem vindo, jovem mestre. Por favor, me chame por Margaret." ainda sentada confortavelmente em sua cadeira.
Spoiler:

Não... O que chamava mais atenção na sala... Era o velho.
Bem ao fundo do vagão havia um sujeito baixinho, calvo. Seus cabelos brancos disfarçavam mal um par de orelhas pontiagudas. Ele tinha sobrancelhas enormes, que quase literalmente se uniam sobre sua testa, e um par de olhos redondos como bolas de golfe. Surpreendentemente, aquele não era o traço mais marcante na aparência dele. Não. Este... Era o nariz.

Ele devia medir, pelo menos, um palmo de comprimento. Um palmo grande.
Era estranho ver uma figura como aquela vestida cuidadosamente em um smoking e luvas brancas.

Ele mirou o visitante um instante e então sorriu com todos os dentes.
"Bem-Vindo."

Spoiler:

"Não esteja alarmado... Você está profundamente adormecido em seu mundo."

Quando ele falou, sua voz saiu de maneira teatral, como um velho artista conversando com seu público antes do show. Alguma coisa na pronúncia calma dele era... Reconfortante.

Ele apoiou suas mãos sobre a mesa e entrecruzou os dedos. Ele continuou sorrindo à confusão do visitante "Nosso tempo aqui é tristemente limitado, mas isso não denota que nós tenhamos que limitar da mesma forma nossas boas maneiras... Como nosso convidado, seria um erro catastrófico não oferecer-lhe um mínimo de hospitalidade e bem-estar.... Por favor, acomode-se." ele indicou com a mão a única cadeira à frente dele, no outro lado de uma pequena mesa redonda, e esperou até que ele estivesse se acomodado. Enquanto isso, ele retirou um lenço do bolso no colarinho, enfiou a sua luva lá dentro... E retirou um baralho incomum, pondo então o lenço de volta em seu lugar.

"...Todas as suas perguntas serão respondidas em seu devido tempo. Não se preocupe. Até lá... Por favor escolha uma carta. Qualquer carta." ele pôs o baralho sobre a mesa e, num rápido movimento, distribuiu-o por inteiro em um leque.

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"...Eu tenho curiosidade em saber a sua arcana."
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Mensagem por Ryou Misaki Seg Dez 03, 2012 5:20 pm

Elizabeth se virou para ele e respondeu, apesar do fato de Ryou não ter entendido nada do que ela disse. Ou melhor, do que ela quis dizer:

- Selvagem, certo...? Eu fui instruída à respeito dessas runas que embelezam as paredes das cidades... Tantos sentimentos, desejos, ideais postos à mostra na esperança de que as palavras despertem uma mudança, uma inspiração dentro de nós...! - ela suspirou emocionada, como se aquilo a comovesse. E continuou. - Nós possuímos à bordo um especialista nesta magnífica forma expressionismo urbano que... ...Oh! - nessa hora, ela se voltou para a porta, de onde saía um estalar de sapatos.

Um homem alto, loiro, de aspecto elegante e com os mesmos olhos de Elizabeth (Eles eram irmãos? Talvez fossem...) apareceu. Ele também levava um quepe azul-marinho, usava uma camisa (também azul-marinho, para variar...) e usava calças negras com sapatos idem.

- Bem-Vindo, jovem senhor. Eu atendo por Theodore. - dito isto, Theodore se curvou respeitosamente,com a mão no peito. Ryou controlou a vontade de dizer "E aí, cunhadão? Beleza?" - Por favor, não se acanhe. Entre. - disse, depois de ter se curvado.

Lá dentro, uma sala forrada de veludo ("Esse pessoal adora veludo... Trem de Veludo, agora sei o porquê...") coberta de enfeites que valeriam uma fortuna. Até mesmo a sua mãe, fútil como era, adoraria colocar as mãos com as unhas bem-feitas naquilo.

- Bem vindo, jovem mestre. Por favor, me chame por Margaret. - disse a provável terceira funcionária, sentada numa confortável cadeira, com um grosso tomo nas mãos. Porém... o destaque da sala era um velho.

Possuía uma calva no centro da cabeça, rodeada por cabelo branco como a neve, que mal disfarçava as orelhas pontudas. As sobrancelhas negras (?) se curvavam de modo a quase tocar nas orelhas e quase se encontrando na ponte do nariz. Que, aliás, era enorme.

- Não esteja alarmado... Você está profundamente adormecido em seu mundo. - sua voz era bastante melodiosa e teatral... como um ator em um monólogo. Havia algo... reconfortante... nela.

- Nosso tempo aqui é tristemente limitado, mas isso não denota que nós tenhamos que limitar da mesma forma nossas boas maneiras... Como nosso convidado, seria um erro catastrófico não oferecer-lhe um mínimo de hospitalidade e bem-estar.... Por favor, acomode-se. - disse, apontando para a única cadeira, com uma mesinha à sua frente. Ao se acomodar, Ryou se sentiu quente e protegido ali. Era bom.

Com um lenço em mãos, ele tirou um baralho, cujo fundo parecia com uma daquelas máscaras teatrais gregas e com algo por trás. Um sol? Uma
daquelas coisas que os bufões usavam que Ryou não sabia como se chamava?

- ...Todas as suas perguntas serão respondidas em seu devido tempo. Não se preocupe. Até lá... Por favor escolha uma carta. Qualquer carta. - disse o Pinnochio de 80 anos, dispondo as cartas em leque com um rápido movimento das mãos.

- ...Eu tenho curiosidade em saber a sua arcana.

Ryou fechou os olhos, engolindo em seco. Que carta pegar? O que fazer? Sua mente girava e ele só queria saber o que fazer. Mas aquela força que tomou o seu corpo quando ele entrou no trem o possuiu de novo, de modo que ele pegou a carta do final do canto esquerdo do baralho, ainda de olhos fechados.

Ao abrir os olhos, ainda estava com a carta em mãos. Pondo-a virada para baixo na mesa, esperou.

O que mais poderia fazer além daquilo?
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Mensagem por A Sala de Veludo Seg Dez 03, 2012 6:26 pm

Quando ele põe a carta sobre a mesa e espera, Igor está encarando ele com aqueles olhos redondos. "Sim, sim... Por vezes temos que fechar os olhos em alguns momentos na vida. Por quê? Bem, por chance para que quando olhemos para o que deixamos para trás, o passado esteja..." ele levanta uma das mãos sobre mesa e gira o pulso. Como se acompanhando a mão, a carta gira, revelando o número XIII para os presentes na sala.
"...Morto, para nós. É mais fácil analisarmos as coisas ao sermos imparciais desta forma."

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"Mas... A carta da morte não representa apenas o fim derradeiro... Ela também representa a renovação. Você fecha os olhos para a estrada já trilhada enquanto caminha determinado em direção ao seu futuro tão sonhado... O que importa é o que virá adiante, o que foi deixado para trás em sua deve ser deixado para trás e não mais importa... Mesmo? Hmm..."

A carta permanece flutuando, adquirindo lentamente um aspecto metálico. Por um momento as cortinas no cômodo se iluminam em um tom de violeta de alguma coisa lá fora e então voltam lentamente ao normal.

"Agora, permita-me explicar aonde nós estamos. Esta, é a sala de veludo. É um local que tanto é quanto não é... Este trem está localizado ao longo do próprio abismo entre a realidade e algo maior. O fato de estares aqui não é nenhuma coincidência. Nós estávamos destinados a nos conhecermos." ele diz.

"Meu nome é Igor. Estes três, que você já conhece, são meus assistentes. Theodore, Margaret e Elizabeth."
"É um prazer conhecê-lo." dizem eles em coro.
Igor continuou sorrindo e disse
"Deves ficar sobreaviso, o fato que estás aqui significa que algo em teu mundo está prestes a mudar. Irá afetar não apenas a ti, mas o destino dos outros ao teu redor também. Teu papel nestes eventos ainda são está claro... Embora, o que você fará quando o momento chegar cabe somente à você decidir..."
Sem nenhum aviso, a carta de tarô flutuande começa a emitir uma luz suave, sua superfície se tornando reflexiva e lustrosa.
"Quando a hora chegar, esta carta irá refletir aquilo que está em teu coração... Depois que isso acontecer, se você ainda estiver inseguro do teu caminho, tu poderás voltar."
Com isso, a carta voa lentamente para a mão do visitante.

Subitamente você começa a se sentir meio tonto, à medida que o quarto se torna enevoado e gira lentamente. Você sente que está se sentindo gradualmente mais fraco a cada segundo ali...
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Mensagem por Ryou Misaki Seg Dez 03, 2012 6:47 pm

- Sim, sim... Por vezes temos que fechar os olhos em alguns momentos na vida. Por quê? Bem, por chance para que quando olhemos para o que deixamos para trás, o passado esteja... - disse

Misaki vê o homem fazer um movimento com o pulso, acompanhado pela carta, que revelou a imagem de um ceifeiro,um ceifador de almas, e o número "XIII" no topo.

- ...Morto, para nós. É mais fácil analisarmos as coisas ao sermos imparciais desta forma. - disse, ao ver a imagem da carta. - ...Morto, para nós. É mais fácil analisarmos as coisas ao sermos imparciais desta forma. - disse, enquanto a carta flutuava (!) à frente de Ryou, sua imagem ganhando um aspecto diferente. Um aspecto... metálico? Não. Deveria ser uma ilusão de ótica. Tanto azul-marinho deveria estar turvando a sua visão. Mas... uma espécie de clarão violeta iluminou brevemente a sala em que estavam, logo voltando ao tom normal de azul-marinho... se é que aquele tom podia ser chamado de "normal".

- Agora, permita-me explicar aonde nós estamos. Esta, é a sala de veludo. É um local que tanto é quanto não é... Este trem está localizado ao longo do próprio abismo entre a realidade e algo maior. O fato de estares aqui não é nenhuma coincidência. Nós estávamos destinados a nos conhecermos. - disse o velho, encarando Ryou com aqueles olhos imensos como bolas de golfe e rodeados de olheiras. O olhar, por mais surpreendente que seja, não era intimidador.

- Meu nome é Igor. Estes três, que você já conhece, são meus assistentes. Theodore, Margaret e Elizabeth. - continua.

- É um prazer conhecê-lo. - dizem os três, em coro.

- Deves ficar sobreaviso, o fato que estás aqui significa que algo em teu mundo está prestes a mudar. Irá afetar não apenas a ti, mas o destino dos outros ao teu redor também. Teu papel nestes eventos ainda são está claro... Embora, o que você fará quando o momento chegar cabe somente à você decidir... - disse Igor, sorrindo, enquanto a carta ficava, visivelmente, mais reflexiva e lustrosa. E até mesmo brilhando (!) fracamente.

- Quando a hora chegar, esta carta irá refletir aquilo que está em teu coração... Depois que isso acontecer, se você ainda estiver inseguro do teu caminho, tu poderás voltar. - termina Igor, encarando Misaki, olhos negros nos turquesas.

Dito isto, Ryou começa a se sentir tonto. Tudo começa a girar e as imagens se multiplicam: logo vê três "Igors", nove assistentes e pelo menos doze cartas de tarô... Os olhos começam a doer... ele luta... mas sabia que ia perder...

Era pouco até que a inconsciência viesse.

Sua audição na sala de veludo estava encerrada.
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Mensagem por A Sala de Veludo Seg Dez 03, 2012 7:11 pm

O mundo lentamente começa a se desfazer em branco à sua frente... Um por um, os funcionários desaparecem em borrões em meio à uma luz branca suave e leitosa... A fraca voz de Igor ressoa como um eco vindo de algum lugar ao longe: "Você precisa saber, neste mundo laços especiais existem. Estes laços são chamados de elos. Quanto mais forte forem os elos que você formar com alguém, tão mais resistente a corrente por inteira se tornará..."
Através da neblina você pode ver o brilho da sua carta de tarô. Você tenta perguntar algo, mas as palavras parecem entaladas em sua garganta. "...Eu me pergunto... O que você fará com eles...? Fufufu..."

"Nós esperamos que a sua estadia conosco tenha sido agradável e que possamos tê-lo aqui em uma nova viagem se a oportunidade se apresentar." falam os três funcionários em sincronia, sorrindo.

"Agora então, nos encontremos mais tarde. No seu mundo o tempo deve continuar marchando adiante... " Você ouve antes de subitamente despertar.


(A carta de tarô surge em algum lugar próximo ao seu personagem.)

(Adicionado ao grupo Usuários de Persona)
Misaki Ryou Unlock_icon Persona destravada


/Igor deixa o tópico/
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